sábado, 28 de março de 2009





AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM E COMPETÊNCIA TEXTUAL

Todo professor de Língua Portuguesa ou de língua materna, debate-se entre a necessidade de ler, comentar e corrigir textos escritos produzidos pelos alunos e suas próprias dificuldades em dar conta da tarefa: grande quantidade de textos para corrigir, seleção de critérios de correção adequados e disponibilidade de tempo. Não há como evitar esse conflito interno. A aquisição da escrita é um processo complexo e por isso o processo pedagógico para desenvolver essa habilidade torna-se, muitas vezes, confuso para o professor.
Embora se diga e repita que todos os professores são responsáveis por esse trabalho, em última instância, é o professor de Língua Portuguesa que assume a tarefa, sendo aquele a quem são dirigidas interpretações e queixas sobre a qualidade da escrita presente nos textos dos alunos. É provável, senão necessário e desejável, que o professor tenha maior experiência da escrita que o aluno. Contudo, será que todo professor sabe tudo sobre o processo de produção textual? Que corrigir? Que comentários fazer? Será que os professores de Língua Portuguesa não têm nada a aprender sobre o manejo da linguagem na grande diversidade de textos escritos na realidade social?
De nada vale tratar a escritura com sendo uma nova técnica. Ela é bem mais do que isso. De outra parte, não adianta ignorar as convenções na textualização.
Na verdade, os alunos e professores poderiam encontrar na atividade de escrituração um espaço social de interlocuções, de respeito à opinião do outro de forma de expressão lingüística e de pontos de vista diversos. Isto também é avaliação e ao mesmo tempo auto-avaliação. A avaliação é um perguntar-se constante e consciente. É um pensar livre, mas crítico, que ajuda a pessoa do aluno a se situar como agente de sua aprendizagem, de forma responsável e dinâmica. “A definição mais comum adequada encontrada nos manuais, estipula que a avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão” (LUCKESI, 1996: 33).
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